O cirurgião bariátrico e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Caetano Marchesini, participou na última quinta-feira (01 de novembro), em Brasília, da sessão em homenagem à campanha de conscientização do mês do diabetes, o Novembro Azul.
O presidente da SBCBM, lembrou que em dezembro de 2017, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou a resolução Número 2.172, que traz novas regras e ampliam a indicação da cirurgia metabólica para o tratamento de pacientes com diabetes.
“A diabetes tipo 2 está diretamente associada à obesidade. Cerca de 9% da população brasileira convive com o diabetes. São mais de 14,3 milhões de pessoas que podem ter a cirurgia metabólica como opção terapêutica, caso o tratamento clinico não apresente resultados ”, explica, Caetano Marchesini.
Frente parlamentar pela diabetes – A discussão sobre diabetes realizada na Câmara dos Deputados foi requerida pela deputada Carmen Zanotto (SC). O dia mundial do diabetes é comemorado no próximo dia 14 de novembro.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 16 milhões de brasileiros sofrem de diabetes. Em discurso lido no Plenário, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), destacou que o Brasil já é a quarta nação com o maior número de casos da doença, atrás apenas da China, da Índia e dos Estados Unidos. Por isso, ele ressaltou que “o Novembro Azul é ocasião para lembrar que o combate ao diabetes deve ser política pública amplamente prioritária”.
“O poder público precisa avançar muito no cuidado do diabetes. Por isso, o Congresso Nacional conta com a frente parlamentar mista pela causa do diabetes, criada em novembro de 2017, composta por 218 deputados e 20 senadores, dedicada a busca de soluções para esse problema de saúde pública”, disse Maia.
Além disso, segundo ele, a Câmara dos Deputados aprovou, em 2017, o PL 6754/13, que institui a Política Nacional de Prevenção do Diabetes e de Assistência Integral à Saúde da Pessoa Portadora de Diabetes. A matéria ainda será apreciada pelo Senado Federal.
A deputada Carmen Zanotto lembrou das dificuldades que se tinha antes para conseguir tratamento adequado do diabetes. “Quem não lembra da dificuldade que era fornecer um simples glicosímetro para um paciente controlar seu diabetes?”, indagou. “As pessoas menos favorecidas não conseguiam nem comprar as glicofitas, que hoje são fornecidas pelo Sistema Único de Saúde. Estamos avançando, inclusive, na cobrança da qualidade e da precisão dos glicosímetros que são fornecidos à nossa população”, destacou a deputada.
Em seu discurso, Zanotto ainda afirmou que acredita que as insulinas análogas de ação rápida poderão estar disponíveis nas unidades e nos serviços de saúde a partir deste mês.
Complicações - Há graves problemas de saúde comumente associadas ao diabetes, como infarto do miocárdio, diversas infecções, perda da função renal, enfraquecimento muscular e redução da acuidade visual. Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Hermelinda Cordeiro, as mortes no Brasil em decorrência de diabetes ainda são elevadas. “As complicações causam não só alteração na qualidade de vida, como também um impacto socioeconômico importante. Portanto, nós temos o dever de lutar para melhorar as oportunidades de terapias em nosso país”, afirmou.