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Dr. Caetano Marchesini

A obesidade é uma doença caracterizada pelo ganho de peso devido ao acúmulo excessivo de gordura corporal, que produz efeitos deletérios à saúde.

A Organização Mundial da Saúde adotou o Índice de Massa Corporal (IMC), ou seja, o peso em quilos dividido pela altura em metros ao quadrado (kg/m²),  como critério diagnóstico de sobrepeso e obesidade. Em adultos, define-se como peso corporal saudável um IMC entre 18,5 e 24,9 kg/m²; sobrepeso entre 25 e 29,9 kg/m², e obesidade acima de 30 kg/m². Confira a fórmula do IMC¹ ao lado

Através de um cálculo básico, vamos exemplificar o cálculo do IMC: Um indivíduo que pesa 100kg e tem (1,70) um metro e setenta, seu IMC será de 34,6 (100 dividido por 1,70 e o resultado dividido novamente por 1,70)

Mas é preciso ressaltar que, muitas vezes, a real situação do paciente e sua distribuição da gordura corporal só será obtida através de medidas antropométricas como a circunferência abdominal.

Quanto maior a circunferência abdominal, maior é o risco de apresentar doenças cardiovasculares e risco de adoecer delas quando presente. Outra maneira é através de uma análise de Bioimpedância.

Valores de circunferência abdominal maiores que 94cm para homens e 80cm para as mulheres, é um dos critérios no diagnóstico da Síndrome Metabólica. A circunferência abdominal é necessária para que possamos calcular o Índice Cintura-Quadril

O índice cintura-quadril representa a razão (divisão) entre a circunferência abdominal e o quadril.

Índice abdominal é determinado pela divisão entre a circunferência abdominal e a altura (normal = 0,5).

Talvez muitas pessoas não saibam da importância da relação entre a cintura e o quadril, (RCQ*) e se preocupam somente com o cálculo do IMC, esquecendo que as gorduras localizadas principalmente na região abdominal ao redor da cintura, fazem com que a pessoa seja mais propensa a problemas de saúde. O contrário, se a maior parte da gordura estiver localizada nas coxas e quadris (isso vale mesmo se o índice de massa corporal estiver na faixa considerada normal).

Vamos as medidas que merecem um alerta referente à cintura:

*RCQ = Circunferência da Cintura (cm) / Circunferência do Quadril (cm)

Atualmente um exame mais preciso e rápido está ao alcance dos pacientes, chama-se Bioimpedância.

Por meio desse exame, é possível saber, com alta precisão:

  • Massa de músculo esquelético
  • Massa de gordura corporal
  • Água corporal total
  • Massa livre de gordura
  • IMC
  • Percentual de gordura corporal
  • Relação cintura/quadril
  • Taxa de metabolismo basal
  • Controle de gordura
  • Controle de músculos
  • Análise segmentada de massa magra (quatro membros e tronco)
  • Impedância de cada segmento

Estes dados são extremamente importantes para determinar sua evolução durante um tratamento dietético e de atividade física. Com esta precisão de dados é possível individualizar o tratamento para perder peso.

Aspectos Clínicos

As causas da obesidade não são totalmente compreendidas, mas acredita-se que estejam relacionadas a inúmeros fatores, entre eles:

  • Genética: estudos em gêmeos, adotados por famílias diferentes, mostraram que a obesidade tem influência genética;
  • Idade: apesar de poder ocorrer em qualquer fase da vida, sabe-se que o risco de aumentar o peso é maior com o avanço da idade;
  • Sexo: mulheres em geral tem maior IMC que os homens;
  • Circunstâncias fisiológicas: gravidez, puberdade, menopausa, andropausa, taxa de metabolismo basal baixa;
  • Condições socioeconômicas: a obesidade afeta mais as classes sociais menos favorecidas e menor nível cultural;
  • Sedentarismo;
  • Fatores psicológicos e doenças psiquiátricas;
  • Distúrbios do comportamento alimentar;
  • Medicamentos: certos medicamentos fazem ganhar peso como antipsicóticos e antidepressivos como clorpromazina, haloperidol, doxepina e lítio (medicamentos utilizados pelos psiquiatras), antiepilépticos como carbamazepina, corticóides, isoniazida e a maioria dos medicamentos para tratar diabetes.

A obesidade consiste no aumento total da massa de tecido adiposo, causado pela hiperplasia (aumento do número de células) ou hipertrofia (aumento do volume) dos adipócitos (células gordurosas), os quais sofrem sobrecarga de triglicerídeos (forma com que a gordura circula no corpo).

O corpo de um adulto com o peso normal funciona dentro dos princípios da termodinâmica, onde o gasto energético (atividades físicas diárias) é semelhante à energia consumida (alimento). O aumento do aporte calórico (alimento) e diminuição do consumo energético (atividade física diária) levam a uma sobra de energia que será estocada no corpo como gordura. Quando falamos de atividade física diária não nos referimos ao exercício físico e sim às atividades normais do dia a dia como andar, levantar e sentar, e mesmo as necessidades básicas como respirar, etc.

Adipócitos são células especializadas em guardar gordura e em indivíduos obesos, estão em maior número e com o seu tamanho aumentado (literalmente “gordas”). Elas apresentam uma capacidade de produzir um hormônio chamado leptina, que regula o apetite e outros que produzem inflamação em todo corpo. Estas substâncias aumentam o risco de doenças do coração e de diabetes tipo 2. Nos obesos também há uma diminuição da secreção de um hormônio chamado adiponectina , que tem um papel importante na proteção contra estas doenças.

A insulina que é um hormônio produzido pelo pâncreas e tem como função principal levar os carboidratos para as células  em geral nos obesos está aumentada e isto se deve à uma resistência do corpo em utilizá-la (pré-diabetes). Para o corpo poder utilizar a insulina, o pâncreas precisa produzir uma quantidade muito maior. Além disso, a insulina estimula o fígado a produzir triglicerídeos, levando à diminuição da produção do colesterol bom (HDL).

Fígado e Músculos: pessoas obesas têm maior capacidade de incorporar ácidos graxos (gordura) no fígado e nos músculos (o que contribui para a resistência à insulina) levando à esteatose hepática que é uma doença grave e progressiva, que pode levar à cirrose hepática. Estima-se que a partir do ano de 2030 a esteotase hepática, secundária à obesidade será a maior causa de cirrose. 

Em homens com peso normal a gordura corporal está entre 12 – 20% enquanto nas mulheres entre 20 e 30%.
Do ponto de vista morfológico existem três tipos de obesidade, a Obesidade Hiperplásica, que é caracterizada pelo aumento do número de células gordurosas (adipócito), porém o tamanho delas permanece dentro do normal. Este tipo de obesidade aparece muito cedo (antes dos 18 ou 20 anos), geralmente associada à obesidade ginóide (mais comum nas mulheres), conhecida, também, como obesidade baixa, periférica ou gluteofemoral, e é mais resistente ao tratamento clínico.

A Obesidade Hipertrófica é caracterizada por aumento do tamanho (hipertrofia) das células gordurosas, muitas vezes até em número menor que o normal. A distribuição destas células geralmente é andróide (abdominal), mais comum nos homens, geralmente se inicia na fase adulta e é associada com diabetes tipo 2, hipertensão arterial (pressão alta), hiperlipemia (colesterol e triglicerídeos altos) e doença coronariana.

E finalmente a Obesidade Mista que combina as características de ambas descritas.

Oitenta por cento  dos pacientes com diabetes tipo 2 têm sobrepeso ou obesidade;

A obesidade é associada a inúmeras alterações dos lipídios circulantes como triglicerídeos alto (hipertrigliceridemia), baixo HDL colesterol (colesterol bom) e aumento do LDL e VLDL colesterol que fazem com que aumente o risco de formar placas nas artérias.

A soma de doenças associadas à obesidade como apnéia do sono, colesterol e triglicerídeos altos, diabetes, pressão alta e outras fazem parte da síndrome. Três destas condições já determinam a síndrome metabólica.

A obesidade pode levar a complicações digestivas, como: Hérnia hiatal, Pedras na vesícula ( 50 a 70% dos pacientes com pedras na vesícula são obesos) , pancreatite aguda, hepatite não-alcoólica.

São várias as complicações respiratórias relacionadas à obesidade, como:

Disfunções Ventilatórias Mistas: predominantemente restritivas, envolvendo insuficiência respiratória;

Síndrome de Pickwick: caracterizada por extrema obesidade, sonolência diurna intensa, hipóxia (falta de oxigênio no sangue), hipercapnia (aumento do gás carbônico no sangue)  cianose (coloração azulada da pele, principalmente extremidades) e dilatação do coração;

Apneia do Sono: são períodos maiores que 10 segundos de parada respiratória durante o sono, geralmente associados à roncopatia (roncos) e arritmia cardíaca.

Complicações osteoarticulares como artrose das articulações maiores dos membros inferiores e coluna são muito frequentes, entre os pacientes portadores de obesidade.

Varizes: dois terços das pessoas com varizes são obesas;

Insuficiência Venosa Crônica;

Trombose Venosa Profunda.

A obesidade é a segunda maior causa de câncer no mundo

Câncer de Endométrio e Câncer de Mama são duas vezes mais comuns em mulheres obesas comparado às mulheres com o peso normal;

Câncer de Esôfago;

Câncer de Intestino Grosso e Reto.

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Alterações Menstruais;

Diminuição da Fertilidade (capacidade de ter filhos);

Síndrome do Ovário Policístico;

Ginecomastia (aumento das mamas no homem);

Incontinência Urinária

Depressão;

Ansiedade;

Distúrbios Comportamentais.

Infecções bacterianas;

Infecções por fungos;

Aspectos Clínicos > Complicações da Obesidade e doenças associadas

Complicações Cardiovasculares: a obesidade, principalmente a andróide, é associada a um aumento do risco cardiovascular devido à aterosclerose. Este risco aumenta proporcionalmente ao aumento do IMC.

Hipertensão Arterial (Pressão Alta) está geralmente associada à obesidade, aumento o risco de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (derrame). A perda de peso reduz a pressão arterial, independente de outros fatores;

Aterosclerose que é o depósito de placas de gordura dentro das artérias. Sua principal manifestação é na doença arterial coronariana e no cérebro quando ocorre o acidente vascular cerebral, comumente conhecido como derrame;

Insuficiência Cardíaca: geralmente secundária a doença coronariana e hipertensão arterial. Esta doença se agrava muito com a obesidade.

 

Complicações metabólicas: obesidade abdominal é mais associada com este tipo de complicação apresentando resistência à insulina e hiperinsulinemia (insulina alta no sangue).

O pâncreas produz mais insulina na tentativa de compensar o fato de não conseguir retirar o açúcar do sangue. O problema está no fato da obesidade criar uma condição que impede que a insulina funcione nos receptores específicos que estão na superfície das células para que o açúcar seja retirado da circulação.

O açúcar no sangue é altamente tóxico.

A insulina alta impede que as células hepáticas utilizem a gordura como fonte de energia e, portanto, aumentam o acúmulo de gordura. A resistência a insulina é o primeiro passo para o aparecimento do diabetes tipo 2. Quando o pâncreas se esgota na tentativa de produzir a quantidade suficiente de insulina para vencer a resistência, aparece o diabetes.

Até então, os altos níveis de insulina conseguem manter a glicemia (açúcar no sangue) normal. Por isso é muito importante, além de pedir um exame de glicemia, também solicitar um exame de insulinemia (taxa de insulina no sangue).

Para algumas pessoas não basta apenas fechar a boca e fazer atividade física para emagrecer. No caso de muitos homens e mulheres a obesidade é uma condição que merece atenção de diversas especialidades, inclusive da psiquiatria e da psicologia. Isso porque fatores psicológicos podem levar ao aumento de peso e a obesidade.

Pessoas deprimidas têm grandes chances de ganhar peso, porque ficam sedentárias e costumam consumir mais alimentos calóricos. O sedentarismo e o consumo destes alimentos provocam aumento de peso, desmoralização e mais depressão, em um ciclo que se perpetua.

Conflitos internos também podem colaborar para que o indivíduo compense seus problemas, aumentando o consumo de determinados alimentos gordurosos e altamente calóricos, como doces e chocolates.

A ciência está comprovando que pessoas obesas têm menor saciedade e uma necessidade maior de consumir alimentos calóricos para compensar esta deficiência.

Isso porque o excesso de gordura corporal libera várias substâncias tóxicas para todo o organismo, inclusive para o cérebro, provocando prejuízos às áreas que controlam a sensação de saciedade e a capacidade de resistir ao consumo de alimentos gordurosos.

Não se trata apenas de não ter competência para se controlar, mas as pessoas obesas sofrem de efeitos tóxicos da obesidade sobre o cérebro, provocando alterações na maneira como elas se alimentam, pensam e se emocionam.

Tendo em vista que a obesidade é uma doença de causa multifatorial e envolve questões psíquicas, os pacientes acabam procurando as mais variadas formas de cura.

Uma das soluções mais eficazes para o problema da obesidade mórbida é a cirurgia bariátrica. Em contrapartida, este tipo de procedimento cirúrgico que muda a vida do paciente obeso de uma hora para outra também exige um preparo psicológico e acompanhamento psiquiátrico.

A linha de trabalho da Clínica Caetano Marchesini é encaminhar sempre para a avaliação psiquiátrica todos os pacientes que desejam fazer a redução de estômago.

A consulta com o psiquiatra irá detectar qualquer distúrbio que possa prejudicar a boa evolução do paciente no período pré-operatório e pós-operatório.

O profissional procura investigar se o candidato à cirurgia bariátrica sofre de algum transtorno por uso de substâncias químicas e outras condições psiquiátricas como depressão e transtorno bipolar.

O preparo para o pós-operatório imediato inclui estratégias para enfrentar as mudanças que a cirurgia causará na vida do paciente, como a privação alimentar.

Já o preparo para o pós-operatório tardio visa recuperar habilidades que os pacientes deixaram de desenvolver ou interromperam devido à obesidade.

A cirurgia bariátrica é o melhor tratamento para a obesidade mórbida, mas o sucesso também depende muito da participação ativa do paciente no tratamento.

O paciente passará por uma mudança importante na sua maneira de viver e o acompanhamento psiquiátrico auxilia na sua motivação e engajamento neste processo de mudança.

Agora, se a depressão já se instalou, o melhor a fazer, além do descrito acima, é procurar ajuda profissional. O Psiquiatra poderá identificar o problema a tempo e procurar dar um fim em todos os transtornos. O mais importante é ter sempre em mente que a sua saúde é o seu bem mais precioso, mesmo que você não use tamanho 38.

Atualmente existem critérios bem definidos para pacientes com indicação para fazer a cirurgia de obesidade: os critérios são baseados no seu peso e altura calculado através o IMC.

Se o seu IMC está entre 35 e 39,9 e tem doenças associadas à obesidade como diabetes tipo 2, pressão alta4 , doenças osteoarticulares (problemas de joelhos, tornozelos, quadril ou coluna), problemas como apneia do sono, colesterol e triglicerídios elevado ou outras doenças, poderá ser candidato à cirurgia.  

Pacientes com IMC entre 30 e 35 podem ser candidatos à cirurgia em situações muito especiais como doenças cardiológicas graves, diabetes de difícil controle ou outras condições onde a obesidade é fator determinante no controle destas doenças e a cirurgia é indicada de forma bastante criteriosa pelo médico especialista (endocrinologista, cardiologista, etc.)

Atenção: obesidade é o aumento de peso às custas de tecido adiposo. O inchaço (edema) ou muita musculatura (massa magra) que aumentam o peso do indivíduo não constituem obesidade. 

Se seu IMC se encaixa dentro dos parâmetros de indicação da cirurgia bariátrica , deve marcar uma consulta com Dr. Caetano Marchesini para que ele possa avaliar individualmente seu caso e determinar o melhor tratamento.

A chance de uma pessoa obesa morrer pela simples presença desta doença é 10 vezes maior que uma pessoa magra. Associando esta condição (obesidade) às doenças graves como pressão alta e diabetes tipo 2, o risco de morte chega a 40 vezes mais.

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